O município de Teotônio Vilela se tornou referência em relação à educação em um novo estudo realizado pelo Banco Mundial. A análise faz uma pesquisa em relação às diversas formas de fortalecer a alfabetização no Brasil.
Essa nova publicação da pesquisa reúne boas práticas para fortalecer os programas de alfabetização no Brasil e nos demais países em desenvolvimento, uma necessidade urgente para conter os danos causados pela pandemia.
O documento analisa as redes públicas com alto desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, Ideb, a partir da Ciência da Leitura, que é um conjunto de evidências internacionais sobre como alfabetizar de maneira eficaz. Com esse estudo, países em desenvolvimento podem incorporar as práticas de sucesso dos municípios considerados referências.
De acordo com a Organização das nações Unidas, em 2019, 48 em cada 100 crianças brasileiras de 10 anos de idade não eram capazes de ler e compreender um texto simples. Calcula-se que o período de fechamento das escolas e o ensino remoto tenham elevado esse número para 70 crianças a cada 100.
Outra contribuição do estudo é posicionar as competências-chave do processo de alfabetização no Brasil com um recurso recém-criado pelo Banco Mundial chamado Arco-Íris de Leitura.
O Arco-Íris sintetiza oito competências-chave a serem desenvolvidas na alfabetização, apresentando-as em linguagem acessível a um público pouco familiarizado com os termos da pedagogia.
Para a coordenadora do estudo, Louisee Cruz, do Banco Mundial, há muita correspondência entre as práticas das redes brasileiras e as evidências internacionais sobre como alfabetizar de maneira eficaz. “Por exemplo, todas as redes têm um conjunto claro de competências que se espera que os alunos desenvolvam ao longo do ciclo de alfabetização e as redes estabelecem progressão entre uma habilidade e outra. Outro exemplo se trata do alinhamento entre as habilidades que se espera desenvolver e os recursos pedagógicos, especialmente o material didático e as avaliações de aprendizagem. Vemos esse alinhamento bastante presente nas redes brasileiras analisadas.”
A coordenadora do relatório avalia ainda que redes educacionais brasileiras e de todo o mundo podem ter uma política de alfabetização robusta e alinhada com práticas internacionais, mesmo em contextos adversos.
O documento pode ser encontrado no site www.bancomundial.org.br.
*Assessoria de Teotônio Vilela com ONU News